20/09/18


Ter espaço reservado no Diário das Freguesias e não dar destaque à religião, não é justo para os que veneram a Deus. E eu, não sendo (de longe) o melhor exemplo de religioso assíduo, a verdade é que não sou exceção nesta adoração divina.

Sendo a Igreja Matriz da Calheta e o próprio concelho devoto ao Espírito Santo (com representação simbólica de uma pomba dourada no brasão), a verdade é que é na Nossa Senhora dos Bons Caminhos que as comemorações religiosas ganham fulgor, neste templo sagrado localizado na freguesia da Calheta.

Com festa já à porta, este acontecimento é celebrado anualmente no último fim-de-semana do mês de setembro, e tal como outras festas religiosas tão nossas, esta reúne também a população local e forasteiros, numa congregação de momentos religiosos e profanos, de prece e animação.

Rapidamente surgirão as iluminações de rua pela vila da Calheta abaixo, que se estenderão desde a igreja até os Paços do Município, através de mastros com as típicas bandeiras coloridas. A estrada servirá de passadeira para unir, em procissão e de vela acesa em mão, o nicho que acolhe a pequenina imagem de Nossa Senhora dos Bons Caminhos, localizado no edifício sede da Câmara Municipal da Calheta, e a igreja onde será comemorada e honrada, não só a sua chegada, como também a sua presença permanente.

Pequenina aos olhos, mas grandíssima em fé, é a esta santa que muitos locais e emigrantes reconhecem as graças recebidas e a quem, em oração, renovam os votos de proteção.

Resplandecente com o ouro que a cobre habitualmente nestes dias, assim como flores aos seus pés, no sábado, a aproximação ao adro decorrerá a passos e compassos musicais lentos, e assim até à igreja onde será celebrada a missa da vigília.

Finalizada a Eucaristia, soltar-se-á o arraial com a habitual animação, com a presença possível de grupos folclóricos, artistas musicais e bandas filarmónicas. Habitual é também a barraca destinada à angariação de fundos para cobrir despesas do evento e para saciar os festivaleiros, com canja, sandes de pão caseiro, empanadas da Dona Virgínia e bebidinha de fartura (como diz a minha tia Fátima “Nossa Senhora dos Bons Caminhos, reze por mim!”)..

No bom caminho, o domingo será preenchido e encerrará as festividades com nova animação ao longo do dia, com nova missa e nova procissão que levará de volta, a imagem de Nossa Senhora ao seu refúgio habitual.

A festa ainda não iniciou, mas até já sinto o cheiro a empanadas…

Curiosidade em confirmar o descrito? Então agende já!

Élio Pereira

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